Eu queria não ter que dividi-lo com ninguém, mas esta multidão que sou batalha arduamente por um pedacinho das minhas horas.
Tento separar fatias simétricas para a família, o amor e os amigos, mas como um bom exemplar de ser humano imperfeito, acabo pecando nas medidas.
O meu trabalho, me desculpem aqueles que têm medo de verdades, é como aquele penetra inconveniente com quem você não contava, mas que não deixa de se servir com um pedaço bem generoso dos meus dias.
A preguiça é quem mais come. Repete uma, duas, três vezes e ainda leva um pouquinho para mais tarde.
Minhas obrigações, parece que elas nunca podem comparecer. É como se eu sempre guardasse uma fatia significante para elas e a preguiça sempre a roubasse da geladeira à minha distração.
No final de tudo, me restam migalhas disformes que acabam só servindo para matar a minha fome de Facebook, Instagram e outras inutilidades.
No entanto, aquele tempo estava ali no início, sólido e inteiro, existindo.
No fundo, me envergonho quando tento me convencer de que deixo de fazer certas coisas por não ter tempo para nada. Afinal, a gente tem todo o tempo do mundo, o desafio é saber como dividi-lo e transformar segundos e horas em instantes e momentos.
Tempo... essa coisa impiedosa que vai correndo independente de qualquer vontade.
ResponderExcluirGostei do texto Lari!
Só nos resta tentar dividir melhor essa torta e conviver com a preguiça, que invade de forma muito mal educada, mas que no fim, acaba sendo tão necessária como um longo respiro! ;)
Beijooooos e Feliz 2013!