segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Duas xícaras de paciência e uma colher de sopa de dedicação

Meu tempo é como um torta bem gostosa no final de uma festa.
Eu queria não ter que dividi-lo com ninguém, mas esta multidão que sou batalha arduamente por um pedacinho das minhas horas. 
Tento separar fatias  simétricas para a família, o amor e os amigos, mas como um bom exemplar de ser humano imperfeito, acabo pecando nas medidas. 
O meu trabalho, me desculpem aqueles que têm medo de verdades, é como aquele penetra inconveniente com quem você não contava, mas que não deixa de se servir com um pedaço bem generoso dos meus dias. 
A preguiça é quem mais come. Repete uma, duas, três vezes e ainda leva um pouquinho para mais tarde.
Minhas obrigações, parece que elas nunca podem comparecer. É como se eu sempre guardasse uma fatia significante para elas e a preguiça sempre a roubasse da geladeira à minha distração. 
No final de tudo, me restam migalhas disformes que acabam só servindo para matar a minha fome de Facebook, Instagram e outras inutilidades.  
No entanto, aquele tempo estava ali no início, sólido e inteiro, existindo. 
No fundo, me envergonho quando tento me convencer de que deixo de fazer certas coisas por não ter tempo para nada. Afinal, a gente tem todo o tempo do mundo, o desafio é saber como dividi-lo e transformar segundos e horas em instantes e momentos.



Um comentário:

  1. Tempo... essa coisa impiedosa que vai correndo independente de qualquer vontade.

    Gostei do texto Lari!
    Só nos resta tentar dividir melhor essa torta e conviver com a preguiça, que invade de forma muito mal educada, mas que no fim, acaba sendo tão necessária como um longo respiro! ;)

    Beijooooos e Feliz 2013!

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